Dia Mundial de Luta contra a Aids: qual o cuidado odontológico ao paciente com HIV?
Neste 1º de dezembro – Dia Mundial de Luta contra a Aids –, o Sistema Conselhos de Odontologia evidencia a importância do cuidado odontológico ao paciente com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). O olhar de acolhimento dos Conselhos de Odontologia considera o quantitativo populacional com o vírus no Brasil: de 2007 e 2020, 342.459 casos de HIV; 40 mil novos casos de Aids por ano.
O Cirurgião-Dentista é capaz de reconhecer precocemente as manifestações bucais associadas ao HIV, devido à alta suscetibilidade de desenvolvimento de lesões na cavidade oral em pacientes com o vírus. Entre elas, candidíase, leucoplasia pilosa, doença periodontal, lesões por HPV (Papilomavírus Humano) e ulcerações. A candidíase pseudomembranosa representa a infecção mais comum, seguida da queilite angular e alterações periodontais.
No caso dos tratamentos odontológicos, em primeiro momento, é importante que o paciente com HIV comunique sua condição ao Cirurgião-Dentista previamente a qualquer procedimento. Em etapa seguinte, cabe ao Cirurgião-Dentista realizar anamnese detalhada para identificar as alterações provocadas pelo HIV. Aliado à anamnese é recomendável que o Cirurgião-Dentista verifique os medicamentos utilizados pelo paciente e, se possível, entre em contato com o médico responsável pelo seu acompanhamento para assim, propor uma estratégia de tratamento de forma individualizada para cada paciente.
O Presidente do CFO, Juliano do Vale, explica que: “para além de fortalecer a luta mundial contra a Aids junto à categoria, os Conselhos de Odontologia iniciaram um trabalho, a pedido do Ministério da Saúde, para reduzir o contágio do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) por meio da Prevenção Combinada que inclui a ampliação da Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) e da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) à parcela da população que é mais vulnerável. A expectativa é definir protocolos e métodos de capacitação aos Cirurgiões-Dentistas que atuam no Sistema único de Saúde”.
Por Michelle Calazans, Ascom CFO